quarta-feira, 11 de abril de 2012

ONEYDA ALVARENGA, CLORINDA ROSATO E MARIO DE ANDRADE - V

Por ocasião de concurso realizado pelo Departamento de Cultura, ainda no tempo de Mario de Andrade como diretor, Clorinda Rosato recebeu menção honrosa por seus QUATRO CORAIS. A Academia Brasileira de Letras publicou em 1933 a obra completa de Gregório de Matos, em 6 vol. (1933), edição de Afrânio Peixoto, e o concurso foi exatamente para corais com textos (poemas) dessa edição. Clorinda Rosato não foi a vencedora, mas com certeza tornou-se, com o tempo, uma das mais apresentadas, ao lado de Dinorá de Carvalho, que escreveu A Procissão de Cinzas em Pernambuco, mais tarde publicada pela Ricordi Brasileira.

A primeira audição dos QUATRO CORAIS deu-se no dia 14 de outubro de 1938; Mario de Andrade não estava mais no Departamento de Cultura. Esta apresentação foi o 52º. Concerto Grátis do Departamento Municipal de Cultura e o regente do Coral Paulistano foi Fructuoso de Lima Vianna, mais tarde consagrado como Frutuoso Vianna. No dia 18 de dezembro do mesmo ano, no 60º. Concerto Grátis do Departamento de Cultura, os corais foram novamente reapresentados, pelo mesmo grupo vocal e o mesmo regente.

Assim sendo, em 1940, no dia 27 de março, ainda os mesmo intérpretes apresentam, dos QUATRO CORAIS, os trechos “Anica, o que me quereis” e “Ouve, oh amigo João”. No dia 8 de fevereiro de 1941,o Coral Paulistano, agora sob regência de Miguel Arqueróns, apresenta os QUATRO CORAIS, e no dia 9 de maio de 1941, as peças são apresentadas pelos títulos de cada trecho, mas perfazendo uma íntegra; “Anica; Preso entre quatro paredes; Quando o mundo se acabar; Ouve, oh amigo João!”.

Dez anos depois, o Coral Paulistano retoma a obra, sempre sob regência de Miguel Arqueróns: em Concerto do dia 11 de julho de 1951, na apresentação no Teatro Colombo, no Brás, no dia 17 de julho de 1953, em Concerto na Escola Normal Caetano de Campos, no dia 22 de março de 1954, novamente no Teatro Colombo. Novamente um lapso, e no dia 14 de julho de 1959, a obra é apresentada (sempre na seqüência de títulos), voltando depois no dia 17 de setembro de 1961 e depois em 22 de abril de 1962, em um Concerto Matinal .

Apesar da apresentação do nome da obra não ser sempre feita da mesma forma, é de se notar que o nome de Gregório de Matos está sempre impresso nos programas mencionados. Na apresentação de 1940, um dos vencedores do Concurso, José Barbosa de Brito, tem sua obra apresentada (BABU, COMO HÁ DE SER ISTO?), mas sem o nome de Gregório de Matos.