terça-feira, 20 de maio de 2008

TOME NOTA

Chiquinha Gonzaga escreveu diversas obras para saxofone. Alma brasileira, série I, para sax, é partitura da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

MÚSICA DE SALÃO: CHIQUINHA GONZAGA

Maio lembrou bem da mais conhecida e festejada entre as compositoras do Brasil:
  • no dia 4, em Fortaleza, o grupo Sax in Cena apresentou um arranjo do Gaúcho (Corta-jaca) para 4 saxofones;
  • nos dias 10 e 13, em Teresópolis e no Rio, por Eudóxia de Barros;
  • no dia 22 por Rosária Gatti, em São Paulo.

TOME NOTA

A Discoteca Oneyda Alvarenga, do Centro Cultural São Paulo, tem gravação da obra Plang (Lamento) de Beatrice de Die, no LP Les Musiciens de Provence - Música da Idade Média e do Renascimento, Odissey 111110. Stereo/Mono, 33 r.p.m., 1975. A - 4.
Na mesma entidade encontramos as seguintes partituras de Barbara Strozzi: Spesso per entro al petto e Socorrete, luci avare, na antologia La Flora, arie & c. antiche italiane, edit. por Knut Jespersen, vol. 2, págs. 31/33 (Coleção Madalena Lébeis) e Amore ê bendito, arietta, na antologia Raccolta di Pezzi per pianoforte, vol. 3, pág. 93.
A discoteca da Fundação Padre Anchieta tem gravações de obras de Hildegard de Bingen.

MÚSICA ANTIGA

No dia primeiro de abril p.p., três grandes compositoras reconhecidas e apreciadas por seu valor foram interpretadas no Centro Cultural Banco do Brasil, do Rio de Janeiro. O grupo Harmonia Universalis interpretou, no projeto Donzela Guerreira - As faces do feminino na música, Hildegard de Bingen, Beatrice de Die e Barbara Strozzi, entre outros autores.
Além de ser um panorama de época, é também panorama de classe social: Beatrice de Die é uma condessa francesa (1135-1189), Hildegard de Bingen, religiosa alemã (1098-1179) e Barbara Strozzi (1619-1664), uma burguesa italiana.
Os intérpretes desse significativo evento são Marília Vargas, soprano, Luiz Fiaminghi, rabeca e vielle, Valéria Bittar, flauta doce, Silvana Scarinci, teorba e alaúde, e Sílvia Ricardino, harpa medieval.
O programa deve se repetir só com as obras medievais, no interior de São Paulo, em datas que serão oportunamente informadas.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Compositoras

JOCI DE OLIVEIRA (Rio de Janeiro)

A grande compositora mostra sua obra operística em inúmeros eventos neste mês de maio, no Rio de Janeiro. Além da estréia de Solo, com a soprano Gabriela Geluda (dias 9, 11, 16, 17 e 18 no Teatro do Instituto Oi Futuro), cinco outras obras serão mostrada em DVD, no mesmo espaço, de 1 a 25 deste mês.

SÍLVIA BERG (São Paulo)

No domingo, 25 de maio, às 13 horas, o pianista Antônio Eduardo apresenta na série Bossa Nova (Cortinas Líricas do Teatro Oficina), entre outros autores, obra da compositora Sílvia Berg.

CÈCILE CHAMINADE (Guarulhos)

Dia 29 de maio, quinta-feira, às 20 horas, no Teatro Adamastor do Centro, Guarulhos - SP, a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo apresenta o Concertino para Flauta Op. 107, de Cècile Chaminade (1847-1944), compositora francesa. O solista é Renato Camargo e o regente, Maestro Abel Rocha.
Esta peça, em um só movimento, é mais conhecida na versão para flauta e piano, e foi, nesta forma, gravada pelo Duo Carrasqueira. Ouví-la na versão orquestral é um evento inestimável para quem aprecia a compositora francesa, uma das poucas, aliás, a ser incluída em antologias de partituras e gravações.

Intérpretes

MÁRCIA DEGANI: Versatilidade de interpretação
Tivemos oportunidade de assistir a Matinê no Municipal (Teatro Municipal de São Paulo), em homenagem ao Mês da Mulher, dia 1º de março p.p. A cantora integra o Quarteto Algiz (Marcelo Carezzato e Michel Anchieta. voz e violão, e Bárbara Cabral ao violoncelo). O Quarteto apresentou, na primeira parte, obras de Chiquinha Gonzaga (1847-1935), evidenciando, na medida certa, o charme, a verve e a leveza da obra de nossa mais prestigiada compositora.
Na segunda parte, com pungente dramaticidade, Márcia encarnou Ariana, personagem moldado poeticamente por Hilda Hilst (1930-2004). Os versos dos 10 poemas de "Ode descontínua e remota para flauta e oboé, de Ariana para Dionísio", expressam a paixão não correspondida de uma ninfa por um Deus, e foram musicadas por Zeca Baleiro. Os instrumentos citados no título fazem duo em uma breve abertura (Marco Antônio Cancello, flauta e Roberto Araújo, oboé). Ricardo Fukude e Beto Carezzato, em violoncelo e contrabaixo, integram a competente equipe de músicos.
O autor da música, Zeca Baleiro, além do talento inconteste com que musicou os poemas de Hilda Hilst, encantou a platéia de um Teatro Municipal lotado, com sua simplicidade e simpatia.